sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Há momentos em que só resta parar…

Se olhar á minha volta, eles continua lá,
Os sorrisos matem-se...
As conversas...
As discussões insignificantes...
tudo se mantém, tudo continua a girar…
Só eu sinto este frio que corta e sufoca…
Poder saber que amanha não terei de parar...
Poder saber que estarei de volta com eles, naquela vida insignificante…
Mas nada volta e as lágrimas caem… A dor surge novamente…Não me perguntem de onde ela vem…Porque não sei nem saberei…
Posso apenas afirmar que amanha o dia vai amanhecer e eu darei por mim parada, a olhar para um mundo que não vai esperar.
"Ah, a esta alma que não arde
Não envolve, porque ama,
A esperança, ainda que vã,
O esquecimento que vive
Entre o orvalho da tarde
E o orvalho da manhã." F.P.

domingo, 16 de novembro de 2008

Ter a consciência que tivemos o mundo a nossos pés, um futuro sorridente pela frente, e no entanto tudo perdemos, tudo foi levado pelas lágrimas que tanto caíram…
Confiança, entrega, esperança, sentimento, tudo palavras que antes eram vida e agora estão simplesmente vazias, desprovidas de qualquer significado, roubadas pela tristeza que de tão profunda, tudo conseguiu levar.
Acreditar que se pode ter coragem para continuar, mas o vazio é tão grande… Deitar-me e sentir este sufocar, levantar-me e sentir que não conseguirei voltar a acordar…
Se ao menos eu soubesse porque é que teve que ser assim… Se ao menos eu soubesse como tirar-te de dentro de mim…mas não sei…e a dor aumenta ao saber que tu partiste já à muito, e que eu aqui continuo, perdida neste caminho já sem sentido, sabendo que num passo á minha frente nada há mais do que um infinito abismo, num passo atrás o eterno vazio... e aqui me encontro perdida, dividida sem saber como daqui sair.
"A maior covardia de um ser humano é despertar o amor de outro sem ter a intenção de o amar."

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Se me dissessem que o Amor pode ser patológico eu dir-hes-ía que nunca Amaram ou eu teria tirado 20 a patologia!!!lollol
"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."
Para quê mais palavras... Luiz Fernando Veríssimo, faço minhas as tuas palavras!